JESSICA RIBEIRO MAGALHAES

AUTOR:  JESSICA RIBEIRO MAGALHAES
TÍTULO: RELAÇÃO DA OBESIDADE COM ALTERAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS EM CADELAS COM CÂNCER DE MAMA.

ORIENTADORA: Profa. Dra. ANDREIA VITOR COUTO DO AMARAL 
DATA DE DEFESA: 29/04/2019

Resumo

Atualmente, tem-se estudado a predisposição de cadelas obesas ao desenvolvimento tumoral. Em mulheres, sabe-se que a obesidade pode estar associada ao aparecimento de tumores de mama. Nos animais de companhia esse dado ainda é escasso, principalmente associando a clínica da paciente com achados laboratoriais e histológicos. Este trabalho objetivou avaliar os aspectos clínicos e laboratoriais de cadelas com neoplasia mamária, investigando se possuem relação com a obesidade. Foram estudados quatro grupos de cadelas, castradas ou inteiras, divididos em: (G1) cadelas sem tumor de mama e escore de condição corporal normal (ECC), (G2) cadelas sem tumor de mama e obesas, (G3) cadelas com tumor de mama e ECC normal, (G4) cadelas com tumor de mama e obesas. Foram avaliados o Escore de Condição Corporal (ECC), Índice de Massa Corporal Canina (IMCC) hemograma, glicose, colesterol total, triglicerídeos, exame citopatológico e histopatológico. Os animais sem raça definida foram os mais presentes no estudo (67,5%). Na análise do Índice de Massa Corporal Canina ocorreu diferença estatística entre grupo G2 e G4. A glicose também diferiu estatisticamente entre os grupos G1xG3 e G2xG4. Portanto, observou-se que a obesidade não desencadeou alterações clínicas e laboratoriais nas cadelas. Não foi observada relação entre o ECC e do IMCC com o tipo histológico ou malignidade da neoplasia mamária, pois tanto no grupo com escore ideal quanto no grupo com sobrepeso a obeso os tipos histológicos malignos foram mais presenciados. Houve uma limitação quanto ao uso do índice de massa corporal canino em relação a proporcionalidade corpórea. Dos 28 tumores avaliados, o carcinoma em tumor misto foi o tipo histológico maligno mais presente e de benigno foi o adenomioepitelioma