BRUNA RIBEIRO ARRAIS
AUTOR: BRUNA RIBEIRO ARRAIS
TÍTULO: SUBTYPES AND RESISTANCE TO ANTIMICROBIALS FROM Escherichia coli TOXIN PRODUCERS SHIGA (STEC) ISOLATED FROM CATTLE AND SHEEP FEES
ORIENTADORA: Profa. Dra. CECILIA NUNES MOREIRA
DATA DA DEFESA: 26/04/2019
RESUMO
Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) está dentre as principais E. coli patogênicas do grupo das diarreiogênicas. Existem 10 subtipos diferentes, cada um deles associado a um grau de patogenicidade para o ser humano. Os ruminantes são considerados os principais reservatórios desse microrganismo, eliminando-o, constantemente, pelas fezes. Devido a erros de tratamento e excesso de exposição a antibióticos, sabe-se que a resistência bacteriana encontrada nesses animais é grande. Objetivou-se realizar a subtipagem e determinar a susceptibilidade aos antimicrobianos em 106 cepas de E. coli previamente isolados de fezes de bovinos (59) e ovinos (47) e caracterizados como produtores de toxina Shiga (STEC), verificando a distribuição dos subtipos entre as cepas. A identificação dos subtipos dos genes stx1 e stx2 foi feita por PCR. Também, foram feitos testes de sensibilidade a antimicrobianos pelo método de disco-difusão, com dez antibióticos de cinco classes distintas. Das cepas bovinas, dois subtipos de stx1 foram detectados: stx1a e stx1c; e quatro subtipos de stx2: stx2a, stx2b, stx2c e stx2d. Já nas ovinas, apenas os subtipos stx1a e stx1c, e quatro subtipos de stx2: stx2a, stx2b, stx2c e stx2g. Os resultados obtidos sugerem a presença de elevada variabilidade nos genes do tipo stx1 e stx2. 96,6% (57/59) das cepas de fezes bovinas e 89,4% (42/47) de fezes ovinas apresentaram resistência a pelo menos um antibiótico testado. Animais adultos possuíram oito vezes mais chances de apresentarem STEC de alta patogenicidade. Nas duas espécies de animais a maioria das cepas foram consideradas multirresistentes (MDR), 67,8% em bovinos e 59,6% em ovinos, não havendo diferença significativa entre as espécies. STEC de patogenicidade alta possuíram três vezes mais chances de serem MDR. A maior frequência de resistência foi para cefazolina, 86,4% (51/59) em bovinos e 74,5% (35/47) em ovinos, e menor para cefoxitina e ciprofloxacina, ambas 6,8% (4/59) em bovinos, e nenhuma cepa resistente para sulfazotrim em ovinos. STEC de patogenicidade alta possuíram três vezes mais chances de serem multirresistentes aos antimicrobianos testados, do que STEC de patogenicidade baixa. Os dados encontrados neste estudo sugerem cepas com alto potencial de patogenicidade, oferecendo risco de desencadear graves infecções à população.
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DISSERTAÇÃO DE BRUNA RIBEIRO ARRAIS | 1209 Kb | 4e0793c57b916a46ef8025fb4f3a617e |